Como estava programado no cronograma da atenção básica, aconteceu nesta quarta feira, dia 25 de setembro, mais uma oficina promovida pela secretaria de Saúde em parceria com a secretaria de Educação do município de Ichu.
Com o tema "prevenção ao uso do álcool, tabaco, crack e outras drogas",o encontro contou com a participação da pedagoga Paula Sampaio e do Capitão Lessa que atua no 16º batalhão de polícia militar de Conceição do Coité Bahia onde trouxeram informações importantes aos educadores de todas as escolas municipais e estaduais de Ichu.
Para Paula Sampaio, não existe combate às drogas, o que existe é a prevenção e isso podemos fazer sensibilizando, educando cada ser sem puni-lo, pois as duas forças maiores do mundo são o amor e a rejeição por isso que aprendamos a amar o outro, a fazer o melhor para mudar o mundo começando por nós mesmos. "As coisas começam a mudar quando mudamos a visão do olhar para elas.
Precisamos exercitar o olhar de amor pelo outro, assim eles não precisam fugir da sua miséria, da sua realidade", Complementou Paula.
O Capitão Joilson Lessa, responsável pela 4ª CIA de Conceição do Coité que atende Ichu, Conceição do Coité, Retirolandia, Valente, São Domingos e Santa Luz trouxe em sua colocação estatísticas de realidades vivenciadas por eles nessas regiões, o que torna preocupante a situação em especial dos jovens que são os principais alvos desse caminho sem volta, as drogas.
Dentre esses dados, o álcool é a porta de entrada. 90% das ocorrências no Brasil estão vinculadas a essa droga lícita e é ingerida pela primeira vez, geralmente aos 11 anos de idade, o cigarro aos 12 , a maconha aos 13, e aos 14 anos o adolescente começa o uso da cocaína.
Porém 95% das ocorrências da região sisaleira como assaltos, furtos estão ligadas ao uso do crack.
Para Lessa, a mídia é um grande meio de estimular ao consumismo, pois vende os produtos de forma "atrativa e irresistível".Muito se está evoluindo, mas pouco se trabalha nessa evolução.
O grupo social também é outro fator que preocupa e que leva a esse caminho sem volta. Quanto menos informação, maiores riscos, por isso cabe aos pais e educadores que são seres multiplicadores de opiniões, debater essa situação, pois uma família desestruturada leva a uma proporção maior no consumo, aumentando em 22 vezes a chance de o filho se drogar pois quanto mais educar, menos riscos vamos ter. Os pais devem ficar atentos ao grupo de amigos que seus filhos andam pois há uma influencia enorme à indução e os jovens com uma mente frágil, fica vulnerável a entrar nesse mundo perdido.
"A Polícia Militar está fazendo o melhor para amenizar esses problemas, mas a população, a família, a escola também precisam colaborar. Base familiar e educação é a mola mestra para melhorar essa situação., O mundo pode não estar melhor apenas pela ação dos maus, mas sobretudo pela omissão dos bons", finalizou Lessa.
O público presente mostrou-se satisfeito com o conteúdo apresentado pelos facilitadores e a equipe organizadora agradeceu por trazerem uma bagagem tão necessária à comunidade Ichuense.
Por Cida Carneiro
Confira ao lado do blog as entrevistas com o capitão Lessa e a Pedagoga Paula Sampaio feitas pelo repórter André Luiz
Confira as Fotos:
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